Nikki Sixx é o líder do Motley Crue, banda pioneira do hard rock angeleno 80's, pejorativamente chamado de hair metal. Aqui, o autor reproduz as anotações de 1 ano de sua vida de rockstar, totalmente ancorada na filosofia sexo, drogas e rock 'n' roll.
Diários da Heroína cobre 1987, desde a composição e gravação do disco Girls Girls Girls, passando pela enorme tour promocional, até a overdose que quase o matou. Não é leitura pra todo mundo: fãs do Motley ou interessados nos bastidores do rock vão gostar, o público comum talvez ache um tanto repetitivo o looping palco, drogas e loucura. Claro que ninguém é ingênuo de acreditar que os diários estão transcritos na integra, com certeza Nikki deu uma boa manipulada em toda informação aqui contida, mas vá lá, é divertido.
Há ainda um imenso posfácil, com um resumo da vida do autor até praticamente os dias de hoje. No final acaba sendo um bom retrato tanto da vida de um rockstar, quanto da de um viciado em heroína. É fascinante, repulsivo e também nostálgico.
3,5 estrelas